GRUPO DE PESQUISA E SEUS DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: O ITINERÁRIO DO HISTEDBR-GT CASCAVEL

André Paulo Castanha[1]
Paulino José Orso[2]
João Carlos da Silva[3]

INTRODUÇÃO

A pesquisa em história da educação está ganhando dia-a-dia mais importância, visto que, cada vez mais, novos objetos estão sendo trabalhados na sua historicidade. A história da educação hoje, não é mais apenas legislação e administração. Ela é história de instituições, de leitura, de professores, de disciplinas, de didáticas, de métodos, de políticas, da relação professor-aluno, da cultura escolar. Constituiu-se, portanto, numa variedade de objetos que enriquecem a história da educação. Esses novos objetos, por sua vez ampliam consideravelmente o conceito de fontes, ou documentos relevantes ao trabalho do historiador da educação[4].
Fazer um levantamento e catalogação dessas fontes é fundamental para preservar a historicidade da educação regional. A preocupação é através do resgate e da catalogação dessas fontes, preservar a história e chegar a um conhecimento mais aprofundado, bem como abrir caminho para a realização de outras pesquisas. Um projeto de investigação histórica justifica-se por um problema colocado pela realidade presente. Como objeto de investigação específica, a educação brasileira tem, portanto, seu ponto de partida nos problemas que a cercam na realidade atual.
Portanto, o HISTEDOPR propõe-se a integrar ensino, pesquisa e extensão, articulando primeiro, segundo e terceiro graus e também a comunidade. A região Oeste do Paraná é relativamente nova, tomando como referencia a história do Paraná e do Brasil. No entanto, apesar de ser colonização, sua localização geográfica nas proximidades com a Argentina e com o Paraguai e pela facilidade de deslocamento para a região Sul, para o Sudeste e Centro-Oeste, bem como para a capital do Estado, tem facilitado o encontro e o convívio de culturas e permitido a realização de experiências bastante ricas e diversificadas. Entretanto, grande parte dessa história, tem sido perdida em função da ausência de acervos documentais que possibilitem sua preservação e reconstrução. Mas, não é apenas isto que nos preocupa. Se persistirmos neste caminho, também acabaremos perdendo a história que ainda está por ser realizada. Neste sentido, julgamos ser de fundamental importância à realização de um projeto que vise levantar e catalogar a documentação e as fontes de informação que possibilitem resgatar e compreender a história. Assim, como parte desse grande projeto, estamos propondo a realização de um projeto que vise levantar e catalogar todas as informações possíveis sobre a região Oeste do Paraná, organizando um acervo que possibilite a preservação da História Regional, em especial a história da Educação.

Breve histórico do grupo
Tendo em vista que a História da Educação Brasileira ainda é uma disciplina que carece de fontes que possibilitem uma melhor compreensão da mesma, o Grupo de História da Educação Brasileira – HISTEDBR –, coordenado pelo Prof. Dermeval Saviani, a partir de 1986, decidiu desenvolver um esforço no sentido de resgatar as fontes primárias e promover sua catalogação para possibilitar um melhor conhecimento da própria Educação Brasileira. O HISTEDBR está organizado nacionalmente e se articula através de uma rede de Grupos de Trabalho – GTs – que, em suas regiões e/ou Estados, promovem pesquisas com o objetivo de realizar o levantamento e a catalogação de fontes relacionadas à Educação Brasileira em sua área de abrangência.
Atualmente o HISTDBR no Paraná conta com grupos de pesquisa na região Oeste do Paraná (Unioeste) – HISTEDBROPR –, Ponta Grossa (UEPG), Maringá (UEM), Palmas (FACEPAL), Curitiba (UFPR). Todos os grupos desenvolvem um projeto com levantamento e catalogação de fontes no campo da educação.
Neste sentido organizamos o GT Oeste do Paraná – HISTEDBROPR – com o objetivo de levantar, catalogar e digitalizar as fontes referentes à história da educação na região Oeste do Paraná. um grupo de pesquisa em "História, Sociedade e Educação no Brasil", com sede na Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE -, na Região Oeste do Paraná. Está vinculado ao Grupo de Pesquisa em "História, Sociedade e Educação no Brasil" - HISTEDBR – que tem abrangência nacional e organiza-se por meio de Grupos de Trabalho (GTs) regionais. O HISTEDOPR tem como um de seus principais objetivos, promoverem o "Levantamento, a Organização e a Catalogação de Fontes Primárias e Secundárias para a História da Educação na Região Oeste do Paraná", contribuindo assim, com os demais grupos que integram o HISTEDBR, para ampliar o levantamento, a organização e a catalogação das fontes em âmbito nacional. Por um lado, isto se faz necessário em função da carência da historiografia educacional na Região Oeste do Paraná e, por outro, tendo em vista que se as fontes historiográficas não forem preservadas e catalogadas, futuramente não teremos nem fontes nem História e continuaremos sem a possibilidade construir algo novo e diferente em decorrência de não podermos conhecer nosso passado.
O HISTEDOPR foi criado em 2002, mas se organiza, cresce e estrutura-se a partir de 2003, quando o Prof. Dr. Paulino José Orso assume a coordenação e, além de integrar outros docentes do Curso de Pedagogia da Unioeste/Cascavel, também promove um esforço para integrar ao Grupo, alunos deste campus e do Curso de Pedagogia/Extensão de Santa Helena, na Costa Oeste do Paraná. Junto a estes, também passaram a integrar o Grupo Docentes do Campus da Unioeste de Foz do Iguaçu e de Francisco Beltrão; docentes pertencentes ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel (NRE) e da Secretaria Municipal de Educação (SMED).
Em decorrência dos trabalhos realizados pelo grupo, outros docentes da Unioeste, manifestaram desejo de ingressar e o fizeram mediante apresentação de um projeto de pesquisa de acordo com a proposta do HISTEDOPR.

Caracterização do grupo de pesquisa
O HISTEDOPR é um grande coletivo de pesquisadores, no qual participam Doutores, Mestres, Especialistas, Graduados e discentes. Parte-se do princípio da heterogeneidade do conjunto dos membros do grupo. Na verdade é um grupo "maior" que articula e reúne outros grupos "menores". Seu vínculo maior está relacionado à pesquisa e a extensão em torno da História da Educação Brasileira, articulado teórico-metodologicamente ao enfoque materialista histórico como referencial. No âmbito da pesquisa, temos um grande projeto de pesquisa coletivo (Levantamento e Catalogação de Fontes em História da Educação na Região Oeste do Paraná) no qual quase todos os integrantes do grupo estão envolvidos.
Dentro dele articulam-se diversos subprojetos: o de Levantamento e Catalogação de fontes, o de História Regional, o de História da Escola Pública, epistemologia e ensino de história, o de Educação Especial e o de Educação à Distância. Além destas pesquisas, os integrantes do grupo também desenvolvem pesquisas individuais, de acordo com sua área de atuação, com seus interesses profissionais e com seus projetos de vida e de luta política e social[5].
Entretanto, as atividades do HISTEDOPR não se limitam à realização de pesquisas. Parte do tempo é dedicada à organização e estruturação do grupo, organização de grupos de estudo, organização e promoção de debates com o intuito de promover a socialização de conhecimentos, pesquisas e experiências realizadas por docentes, líderes comunitários, sindicalistas e outros, através de seminários, ciclos de debates e jornadas Além disso, o Grupo organizou uma série de Encontros com objetivo de realizar um estudo sistemático das principais obras de Marx e Engels, que teve início em outubro de 2003, com a apresentação da bibliografia destes dois autores, seguindo-se com o estudo de alguma de suas obras.
Julgamos que a realização da pesquisa referente à catalogação das fontes, ao longo do tempo, também permitirá aos pesquisadores da região, não apenas resgatar e compreender parte de sua história, mas, sobretudo formar e contar com um acervo documental, científico e cognitivo que permitirá a realização de outras pesquisas a partir daquelas realizadas.
Além disso, a importância desta pesquisa está na sua vinculação com o Grupo de Trabalhos sobre História da Educação Brasileira, coordenada pelo Prof. Dermeval Saviani, que visa promover o levantamento de fontes sobre a educação brasileira, bem como sua catalogação a nível nacional. Por isso, acreditamos que o projeto de levantamento e catalogação de fontes sobre a história da educação do Oeste do Paraná é relevante tanto para esta instituição quanto para a História da Educação Brasileira.
Por fonte primária e secundária entende-se: todo o conjunto de documentos registrados em arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação, e todo e qualquer documento, desmembrado, originário de locais dispersos, que se tornam objeto de estudo, se colocam a serviço da pesquisa educacional e servem como testemunho dos homens que os objetivaram historicamente. Por catalogação o projeto entende: descrição, em fichas impressas próprias, dos elementos constitutivos, que permita a identificação dos documentos por parte do usuário. Uma vez registrados em fichas próprias, os dados básicos das fontes documentais, estas serão informatizadas, produzindo, desta forma, uma catalogação informatizada.
O pressuposto básico é de que a realidade, tal como se apresenta, é uma construção de sujeitos históricos, determinados e determinantes, das relações sociais concretas engendradas pela totalidade social na qual se acham inseridos. Nos mesmos termos, é a construção dos objetivos de investigação em torno dessa realidade, pois que fatos, conceitos, ou instituições são construções sociais, portanto históricos. Na constituição de tais objetos está subjacente a marca do sujeito histórico que os concebe, pois a sua percepção sobre as dimensões do real guarda nexo com sua trajetória de vida no seio das relações sociais e, conseqüentemente, com os referenciais teórico-metodológicos que o inspira na citada construção.
Sob tal pressuposto, o atual estágio da educação brasileira é visto como produto da trajetória de ações e formulações de sujeitos históricos, somadas ao longo do tempo no bojo da totalidade social. Considera-se dessa forma, que o estudo da história da educação é fundamental para o entendimento da educação que se faz no Brasil hoje, visto que, como as demais práticas sociais, o fenômeno educativo não se processa no vazio - temporal ou social - mas, pelo contrário, está determinado pelas relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza.

O grupo de pesquisa e a busca de fontes
SHAFF(1995) ao indagar a razão de sempre estarmos reescrevendo a história considera que este processo deve-se basicamente em função das necessidades do presente e dos efeitos dos acontecimentos do passado no presente:

A primeira explicação da reinterpretação da história está em relação com as posições do presentismo e é principalmente defendida pelos representantes desta corrente[...] o presentismo levado às últimas conseqüências conduz à negação da verdade história objetiva, e portanto, à negação da história como ciência (SHAFF,1995, p. 270).

São fontes identificadas e individualizadas pela sua procedência. Elas podem ser lidos no âmbito da História da Educação e/ou de outra temática histórica. O problema em discussão é a capacidade de produzir uma concepção abrangente e complexa da educação e da sua história: formal e informal, intencional e preterintencional, na idade escolar e em toda a vida. Nesses termos, são educativos tanto a escola como a família ou os jogos infantis, são educativos o dever de casa, a punição, assim como o exemplo e a prática de vida. São educativos tanto o período escolar quanto as experiências de trabalho.
Uma concepção da educação e da sua história, produzida nesses termos abrangentes, deve ser desenvolvida e aplicada nas relações complexas e amplas do contexto cultural. Para permanecer apenas nos exemplos contemporâneos, estudo e explico a educação escolar à medida que estabeleço as suas relações com a história da família, da infância, do trabalho manual, das profissões, do mercado de trabalho, da política e da política educacional. Assim não é possível explicar a escola do século XIX, na Itália, sem compreender a divisão entre os estratos populares, médios e as elites, sem levar em consideração as profissões com as quais esses estratos se articulavam e que determinavam demandas educativas diferenciadas. Não explico a escola humanista italiana do século XIX sem os problemas de unificação da língua, de uniformização nacional da burocracia e das profissões.
Somente sobre essa base contextual posso me aplicar sobre as fontes escolares, sabendo que as fontes escolares não são suficientes para fazer uma história integral da escola, sabendo que posso me equivocar se concebo as fontes provenientes da escola como as únicas fontes possíveis para a história da escola. As fontes provenientes das práticas escolares não representam as únicas possibilidades para os estudos histórico-educativos, portanto não são auto-suficientes, ainda que sejam importantes e significativas.
Existem fontes específicas para o estudo de um autor, de um professor excepcional. Existem fontes para o estudo de uma instituição local, uma escola, um lugar, um ambiente. Na história local e especifica de uma escola, estão dispostos todos os problemas conexos à história desse local, não obstante eles ganhem significação somente quando colocados em contraste com outros locais e com o abstrato medium de referência que é a história nacional.
Muitos temas de pesquisa histórica, tais como: história de cultura docente, das profissões, são particularmente sensíveis à história dos contextos operativos, sem os quais não compreendemos nem a história da didática, nem a história da administração, nem a história das profissões. Sem saber quantos alunos havia por classe, sobre que bancos, por quantas horas e como se distribuíam essas horas, com quais livros, com quais cadernos, com quais objetivos, não compreendemos os programas nacionais, não compreendemos as reivindicações sindicais dos professores, não compreendemos o que era a instituição escolar.
Se buscarmos o significado da palavra “fonte” veremos que “contêm uma dimensão de origem e também de surgimento, o que se relaciona a uma idéia de espontaneidade.” (LOPES, p.78), nos mostrando assim que ocorre um engano, pois o material com que trabalha o historiador está ao mesmo tempo disponível e indisponível. “As fontes estão aí, disponíveis, abundantes ou parcas, eloqüentes ou silenciosas, muitas ou poucas, mas vemos, pelos trabalhos que são realizados, que existem.” (Ídem), mas também indisponíveis pois compete ao pesquisador ir atrás delas, fazendo isto após a escolha e problematização de um problema, que irá determinar quais as fontes à serem buscadas. É preciso identificar no conjunto de materiais produzidos por uma determinada pessoa, grupo ou época que poderão dar sentido ao problema que se propôs inicialmente, que devidamente trabalhados poderão servir de base à operação propriamente historiográfica.
A perspectiva enunciada serve desse modo, como o principal argumento que, socialmente, justificam um projeto investigativo direcionado ao levantamento e à catalogação de fontes primárias e secundárias da educação brasileira. Buscar fontes é antes de mais nada, responder a questões previamente colocadas, atender a insatisfações. Assim sendo, indagações e problematizações colocadas pelos educadores, pesquisadores, historiadores da educação e outros profissionais, os quais buscam, no passado mais remoto ou mais recente, indicadores críticos para pensar a trajetória da educação no país, podem ficam obstaculizadas pelo desconhecimento dos acervos e das fontes pertinentes.
Ciente dos limites das tarefas de levantamento e catalogação de fontes julga-se, entretanto, importante efetuá-la, no sentido de lançar as bases fundamentais para se escrever as diferentes histórias que poderão reconstruir a trajetória da educação no Brasil. Esse passo inicial - a busca e catalogação das fontes documentais e bibliográficas dos acervos que as abrigam - se justifica pela economia de grandes energias dos pesquisadores, cujo esforço poderia ser empregado de forma mais produtiva na análise dos materiais.
Justifica-se, portanto, o esforço de contribuir para o levantamento e catalogação das fontes documentais da educação no Brasil. A metodologia que vai ser utilizada para o desenvolvimento dos trabalhos segue as mais atuais orientações do trabalho arquivístico e bibliográfico, obedecendo as especificidades locais de acesso aos Arquivos e Bibliotecas escolares. O trabalho consistirá no levantamento e catalogação das fontes, tendo como objetivo a produção de pequenos resumos, destacando os termos básicos para sua localização. Ao lado do trabalho de levantamento e catalogação de fontes, outras atividades serão necessárias, a fim de que, se crie as condições favoráveis a realização da pesquisa, tais como, leituras técnicas e teóricas para dar fundamentação à pesquisa.
Os documentos catalogados são basicamente oficiais (relatórios, legislação, ofícios, requerimentos, projetos pedagógicos, regimentos, atas, jornais, etc.), Além disso, estão incluídas entrevistas com professores aposentados, pessoas idosas, intelectuais que exerceram atividades administrativas na região. Visitas às escolas, entidades, grupos, núcleos, secretarias e arquivos. Para tanto será necessário buscar informações sobre os autores, entidades e documentos, bem como o estudo e contexto de sua elaboração e realização. O objetivo principal é realizarmos uma problematizar dessas fontes, e não apenas descrevê-las, contextualizando-as dentro de um espaço e tempo geral e não como fator local e isolado.
Inicialmente procederemos a um levantamento de obras bibliográficas relacionadas ao objeto de pesquisa, faremos estudos sobre levantamentos e catalogação de fontes. Depois identificaremos os arquivos (públicos e escolares), bibliotecas, professores aposentados e outros intelectuais (memória histórica viva) para a partir daí traçarmos um plano de trabalho consistente.
Os trabalhos de pesquisa, coleta, levantamento, catalogação e transcrição de documentos primários e elaboração de resumos indicativos de obras existentes nessas instituições desenvolver-se-ão paralelamente à avaliação dos acervos. As atividades coletivas serão desenvolvidas de forma interdisciplinar, e os resultados não podem ser atribuídos separadamente a um ou outro pesquisador, à medida que o trabalho será sempre planejado, discutido e realizado de forma coletiva. Cada pesquisador nas suas atividades individuais estabelece o seu ritmo, conciliando estas atividades com as do projeto coletivo[6].
A referência teórica norteadora do trabalho entende por fonte primária e secundária todo o conjunto de documentos registrados em arquivos, bibliotecas museus, centros de documentação e todo e qualquer documento desmembrado originário de locais dispersos, que se tornam objetos de estudo, se colocam a serviço da pesquisa educacional e servem como testemunho dos homens que os objetivaram historicamente.
Por catalogação entende a descrição, em fichas impressas próprias, dos elementos constitutivos que permitem a identificação dos documentos por parte dos usuários. Uma vez registrados em fichas próprias, os dados básicos das fontes documentais deverão ser informatizados, produzindo dessa forma uma catalogação informatizada[7].
Com base no exposto acima pretendemos a oferecer uma contribuição aos estudos e levantamento das fontes primárias acerca da história da educação regional. Visa sobretudo colocar esta mesma história a disposição da sociedade local e regional através de publicações de artigos, elaboração de monografias, organização de catálogos, permitindo refletir e repensar a história da educação e da região como um todo. Neste sentido queremos enriquecer a história da educação brasileira.

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[1] Professor no Colegiado de Pedagogia/ UNIOESTE, Campus de Cascavel. Doutorando pela UFsc.
[2] Professor Doutor no Colegiado de Pedagogia e do Programa de Mestrado em Educação/UNIOESTE, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Cascavel. Coordenador do Grupo de Pesquisa HISTEDOPR – História, Sociedade e Educação – Oeste do Paraná.
[3] Professor no Colegiado de Pedagogia/UNIOESTE.Doutorando pela Faculdade de Educação/UNICAMP.
[4] Outros temas também ganharam importância como: História de escolas, (instituições de ensino), trajetórias de professores, projetos pedagógicos, registros iconográficos, práticas educativas, políticas educacionais, educação rural, educação indígena, educação especial, educação à distância, pesquisas temáticas, e outros são alguns temas que devem ser buscados, catalogados e preservados.
[5]Dentre as pesquisas realizadas individualmente ou em pequenos grupos pelos integrantes do HISTEDOPR constam temáticas envolvendo: história da educação, historiografia, levantamento de fontes, positivismo, materialismo histórico, educação no período imperial, epistemologia educacional, educação à distância, educação especial, ensino de história, dentre outras (conferir: pesquisas em desenvolvimento pelo grupo).
[6] No primeiro ano, em 2003, no desenvolvimento do projeto foi realizado encontros de planejamento das atividades, definindo cronograma de leituras e identificação e classificação de arquivos nos quais o levantamento das fontes primárias seriam realizadas. Levantar e catalogar as fontes primárias e secundárias da educação na área de abrangência da Unioeste; Promover de maneira informatizada, a catalogação das fontes primárias e secundárias levantadas nos arquivos públicos, arquivos de escolas, bibliotecas escolares e jornais da região; Manter, elaborar, divulgar e publicar, catálogos de fontes primárias e secundarias da educação regional, fazendo a integração com as outras regiões; - Entrevistar, transcrever e registrar a trajetória de “velhos” professores que atuaram na região; - Fomentar a organização da documentação sobre a História e a História da Educação da região oeste; - Incrementar um arquivo informatizado com as principais fontes documentais da educação regional, junto a Unioeste; Estabelecer intercâmbio com os demais grupos de pesquisa sobre história da educação brasileira.
[7] O instrumento básico para a catalogação das fontes consiste na utilização de uma ficha de catalogação de fontes para registro de pesquisa. Os diversos campos da ficha foram elaborados de acordo com as normas técnicas da ABNT e registram as seguintes informações: a) Referência completa do (s) autor (es) e da fonte, segundo as normas da ABNT; b) Resumo indicativo, buscando definir e delimitar de que assunto a fonte trata; c) Palavras-chaves: isto são as expressões chaves do conteúdo (será adotado como guias dos cabeçalhos de assunto a bibliografia brasileira de educação, publicada pela IBIVT); d) Biblioteca (s) ou Arquivo (s) em que se encontram disponíveis as fontes; e) Período Histórico abrangido pelas informações que a fonte contém; f) Áreas da Educação que dela podem servir-se (conforme classificação das áreas de conhecimento segundo a CAPES).